O acusado de matar o sargento da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) Roger Dias da Cunha, em janeiro de 2024, foi pronunciadoe será levado a júri popular. A decisão é do juiz Roberto Oliveira Araujo Silva, do Tribunal do Júri – 2º Sumariante de Belo Horizonte.
Welbert de Souza Fagundes foi denunciado pelo homicídiodo sargento e pela tentativa de homicídio contra outro policial. Foram consideradas qualificadoras recurso que dificultou a defesa da vítima, ação para assegurar a impunidade de outro delito e crime contra agente de segurança no exercício da função.
Na decisão, o juiz Roberto Oliveira Araujo Silva apontou que a pronúncia é o caminho adequado por haver no processo indícios suficientes de autoria do crime:
“Diante das provas carreadas aos autos, restam presentes a materialidade e os indícios suficientes de autoria em desfavor do réu.”
O magistrado manteve a prisão do denunciado, que está detido desde a data do crime.
Condenação
O outro envolvido na ocorrência teve o caso desmembrado e foi condenado em agosto deste ano pelo júri popular.
Ele recebeu pena de 13 anos e sete meses de prisão por três tentativas de homicídio, contra três militares, e por uma tentativa de homicídio contra um motociclista, atropelado pelo veículo que ele conduzia na fuga.
O caso
Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no dia do crime os militares atenderam denúncia de que dois suspeitos de roubo de veículo transitavam armados pela avenida Risoleta Neves, na região Norte de BH.
Os policiais montaram uma operação de bloqueio e visualizaram um carro, similar ao denunciado, com dois homens. O veículo fugiu da abordagem, derrubou uma motocicleta e bateu em um poste em alta velocidade. Os dois suspeitos fugiram a pé pelo bairro Novo Aarão Reis e o motociclista foi socorrido.
Durante a perseguição, o sargento Roger Dias deu ordem para que Welbert de Souza se deitasse no chão, mas o acusado sacou uma arma e atingiu o policial com dois disparos na cabeça. O policial foi socorrido, mas teve a morte cerebral confirmada dois dias depois.
Outro policial trocou tiros com o acusado e conseguiu prendê-lo.
Divulgação TJMG
