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Agressores de mulheres serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas

A nova legislação prevê que tanto a vítima quanto a polícia devem ser alertadas em caso de aproximação indevida do agressor.

Dez dias após deixar a Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, onde estava preso por roubo, Alisson André Lascoski dos Santos, 28 anos, foi pego novamente. A tornozeleira eletrônica - usada para o controle de detentos em regime semiaberto - o denunciou: vítimas de um assalto em uma loja de roupas no Pinheirinho informaram que o ladrão estava com o equipamento e ele foi detido poucos minutos depois.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.125/2025, publicada na última sexta-feira (25) no Diário Oficial da União, que autoriza o uso de tornozeleiras eletrônicas para monitorar agressores de mulheres. A medida altera a Lei Maria da Penha e visa fortalecer o cumprimento das medidas protetivas em casos de violência doméstica e familiar.

A nova legislação prevê que tanto a vítima quanto a polícia devem ser alertadas em caso de aproximação indevida do agressor. O projeto de lei (PL 5.427/2023) foi apresentado na Câmara pelo deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) e aprovado com pareceres favoráveis no Senado, incluindo os dos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Leila Barros (PDT-DF).

Para Leila, o afastamento do agressor muitas vezes não é suficiente para proteger a vítima. Já Paim destacou que a melhoria nas medidas de proteção é essencial, já que casos de feminicídio ainda ocorrem mesmo com restrições impostas aos agressores.

A nova norma reforça o compromisso do Estado na proteção imediata e mais eficaz das vítimas de violência doméstica no Brasil.

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