Em 2019, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) atendeu 817 ocorrências de salvamento em altura em todo o estado. Já em 2020, foram registrados 1.089 chamados para esse tipo de ocorrência. Com a pandemia e o distanciamento social, o número de pessoas que procuram atividades ao ar livre tem aumentado significativamente. Com isso, é cada vez mais recorrente os chamados para busca e resgate de pessoas que praticam montanhismo e outros esportes semelhantes.
Tradicionalmente, os cursos de salvamento em altura dispõem de uma carga horária reduzida em relação a doutrina específica voltada para o montanhismo. Dentro do Curso de Salvamento em Altura é ministrada a capacitação no perímetro urbano e o montanhismo é treinado na natureza, sem aprofundar, no entanto, em características próprias, como por exemplo: relevo, vegetação, condições de tempo e outras peculiaridades inerentes a esse tipo de salvamento.
Motivo pelo qual, o Pelotão de Busca e Salvamento (PBS) do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres (Bemad), através de diretrizes oriundas do Comando Especializado de Bombeiros (CEB), realizou uma capacitação, no início de março, antes do decreto da onda roxa, visando o aprofundamento das técnicas empregadas nos salvamentos dessa envergadura.
Motivo pelo qual, o Pelotão de Busca e Salvamento (PBS) do Batalhão de Emergências Ambientais e Respostas a Desastres (Bemad), realizou uma capacitação, no início de março, antes do decreto da onda roxa, visando o aprofundamento das técnicas empregadas nos salvamentos dessa envergadura.
O Curso de Salvamento em Montanha foi oferecido para todos os militares do PBS. Além de ser considerado inovador, é a primeira vez que a capacitação é oferecida a um número maior de militares, o que facilita a disseminação das tdentro da corporação.
O relevo de Minas Gerais é marcado por uma grande proporção de terras altas, acompanhadas por planaltos, chapadas e depressões, além de altitudes que variam de 700 à mais de 2000 metros de altura. Em algumas regiões temos inclusive a presença de cachoeiras, sendo locais propícios ao montanhismo.
Especialista no assunto
O curso contou com a presença de Ronaldo Franzen Nativo, montanhista que iniciou suas atividades em 1980, quando conheceu o Círculo de Marumbinistas de Curitiba e frequentou suas reuniões. Em 1982, conheceu o Clube Paranaense de Montanhismo onde tornou-se Guia de Montanha e começou a atuar voluntariamente como guia e instrutor.
Optando por esta vida profissional fundou a Marumby Consultoria e Treinamento, onde ministra capacitações teórico-práticas vinculadas ao montanhismo, ecoturismo, turismo de aventura e resgate em ambientes verticais.
Sobre o curso
Devido às características peculiares das atividades em ambiente de montanha, dos perigos e riscos envolvidos, o curso foi pautado nas melhores técnicas nacionais e internacionais de resgate em ambiente de montanha, já consagradas em países Alpinos e Norte Americanos. A instrução foi elaborada especialmente para equipes de emergências que irão atuar em ambientes de Montanha e está amparada nas melhores técnicas nacionais e internacionais, nas normas técnicas no âmbito da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NR – 35, Trabalho em Altura, e NFPA (National Fire Protection Association).
O curso foi desenvolvido em dois módulos de capacitações específicas, orientado nas melhores técnicas. Cada módulo foi apresentado no formato “passo a passo”, aumentando a complexidade e medindo assimilação dos militares através de aulas expositivas e práticas, com uma avaliação de aprendizagem nas categorias: escalada em rocha, sistemas de segurança, sistemas de descida, meios de fortuna, autoresgate da cordada, até chegar ao resgate em equipe.
Recorrência de atendimentos exige qualificação
Os frequentes acionamentos para ocorrências de buscas de pessoas perdidas pelas unidades do CBMMG, ligadas ao Turismo de Aventura e Ecoturismo, reverberou a necessidade de qualificação específica, visando ampliar a base técnica dos militares para atuações diante deste cenário, buscando o aperfeiçoamento, além de gerar maior consciência situacional e segurança nas operações.
Divulgação CBMMG