Brasil enfrenta tarifa de 50% dos EUA enquanto Argentina conquista isenção

A medida coloca o Brasil em desvantagem competitiva, especialmente no setor agropecuário

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O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, anunciou que, a partir de 1º de agosto, os produtos brasileiros passarão a ser tarifados em 50%, enquanto a Argentina terá isenção total. A medida coloca o Brasil em desvantagem competitiva, especialmente no setor agropecuário, onde ambos os países disputam o mesmo mercado.

Analistas apontam que a decisão tem menos a ver com fatores econômicos e mais com a postura diplomática adotada pelo governo brasileiro. Desde o início de seu mandato, o presidente Lula tem se aproximado de regimes autoritários como os do Irã, Rússia, China e Venezuela, além de manter discurso crítico aos Estados Unidos e ao ex-presidente Trump, o que pode ter contribuído para o desgaste nas relações bilaterais.

Em contraste, o presidente argentino Javier Milei adotou uma política de austeridade fiscal e alinhamento com os EUA, evitando declarações polêmicas e promovendo reformas internas. Como resultado, a Argentina ganhou a confiança de Washington e conquistou acesso privilegiado ao mercado americano.

O Brasil, por sua vez, corre o risco de perder uma fatia importante de suas exportações, que representam cerca de 12% do total para os EUA. Caso não haja uma negociação eficaz por parte do Ministério das Relações Exteriores, os prejuízos podem se aprofundar, atingindo setores estratégicos da economia.

Especialistas defendem que o governo brasileiro adote uma postura mais pragmática nas relações exteriores, buscando reverter a tarifa antes que ela entre em vigor. Caso contrário, o país poderá perder não apenas espaço comercial, mas também influência política no cenário internacional.

*Informações retiradas do artigo escrito pelo Professor Ives Gandra

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme), Superior de Guerra (ESG) e da Magistratura do Tribunal Regional Federal – 1ª Região, professor honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia), doutor honoris causa das Universidades de Craiova (Romênia) e das PUCs PR e RS, catedrático da Universidade do Minho (Portugal), presidente do Conselho Superior de Direito da Fecomercio -SP, ex-presidente da Acade mia Paulista de Letras (APL) e do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp).

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