O 4º Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) de 2025, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Itabira entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro, apontou que o município se mantém em médio risco de infestação pelo mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. O Índice de Infestação Predial (IIP) foi de 1,0%, resultado que exige atenção e reforço nas ações preventivas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o risco é considerado baixo quando o índice é inferior a 1%; médio, entre 1% e 3,9%; e alto, acima de 4%. Isso significa que Itabira está no limite mínimo entre o baixo e o médio risco, podendo evoluir para um possível surto caso o cenário piore.
Aumento em relação ao último levantamento
No levantamento anterior, realizado em agosto, o índice havia sido de 0,7%, o que mostra uma elevação significativa na presença do vetor. Durante o novo estudo, os Agentes de Combate às Endemias (ACE) vistoriaram 2.331 imóveis na área urbana. Além das inspeções, os agentes orientaram os moradores sobre como eliminar e prevenir possíveis criadouros do mosquito.
Apesar do aumento no índice de infestação, os casos de dengue seguem sob controle no município. Até o momento, foram 56 casos positivos confirmados e 1.006 notificações de casos suspeitos.
Principais focos de infestação
Os depósitos de água continuam sendo os principais criadouros do Aedes aegypti em Itabira. A SMS alerta que o racionamento de água em vigor tem levado muitas famílias a armazenar água de forma inadequada, o que favorece a proliferação do mosquito.
Conforme o levantamento, os focos foram identificados da seguinte forma:
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33,3% em depósitos ao nível do solo, como caixas d’água e tambores;
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25% em recipientes móveis, como vasos, pratos de plantas, baldes e bebedouros;
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16,7% em depósitos fixos, como vasos sanitários em desuso, ralos e piscinas;
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12,5% em pneus;
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12,5% em recipientes descartáveis.
Combate depende da população
A Secretaria Municipal de Saúde reforça que o combate ao Aedes aegypti depende da participação ativa da população. Pequenas ações cotidianas podem evitar a proliferação do mosquito e proteger a saúde da comunidade. Entre as recomendações estão:
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Vistoriar com frequência o quintal e áreas externas da residência;
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Lavar regularmente recipientes de plantas e de animais;
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Cobrir e higienizar vasos sanitários em desuso, ralos e piscinas;
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Eliminar ou tampar locais de armazenamento de água;
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Receber bem os Agentes de Combate às Endemias;
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Reservar 10 minutos por semana para eliminar possíveis focos.
“A prevenção ainda é a forma mais eficaz de evitar a dengue e outras arboviroses. Cada morador pode fazer a diferença ao cuidar do seu espaço e adotar hábitos simples de prevenção”, reforça a gerente de Vigilância em Saúde da SMS, Joyce Quaresma.
Telas de proteção estão sendo distribuídas
Com o objetivo de auxiliar na prevenção das arboviroses, a SMS e a Coordenadoria de Controle de Zoonoses estão disponibilizando telas de proteção para cobrir reservatórios de água. Os interessados podem solicitar o material diretamente aos Agentes de Endemias ou pelo telefone (31) 3839-2643.
A instalação das telas é de responsabilidade do solicitante, mediante assinatura de um termo de compromisso.