Na manhã desta terça-feira (7/3), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o Ministério Público (MPMG), a Polícia Penal e a Secretaria de Estado da Fazenda deflagraram a operação Baião de Dois. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas do ramo alimentício suspeitas de crimes contra a administração pública. As medidas judiciais foram executadas nas cidades de Belo Horizonte, Nova Lima e Sabará.
Dentre os crimes sob investigação, estão associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção e lavagem de dinheiro. As autoridades descobriram que, após declaração de inidoneidade de uma empresa por envolvimento em cartel, impedindo-a de participar de licitações, seus sócios e representantes passaram a atuar por outras pessoas jurídicas de modo a burlar a restrição imposta pelo Estado. O grupo controlava pelo menos três empresas, simuladamente concorrentes, de modo a frustrar o caráter competitivo das licitações.
A operação Baião de Dois visa complementar as provas já produzidas, de modo a identificar o eventual envolvimento de outras empresas, empresários e agentes públicos, bem como determinar a extensão e consequências das fraudes, com outros detalhes sobre a forma de agir da associação, a partir da apreensão de documentos, computadores, celulares e dispositivos eletrônicos pessoais dos envolvidos.
Participam da ação de hoje 21 policiais civis, 25 policiais penais, seis promotores de Justiça, sete servidores da Receita Estadual, além dos servidores do MPMG. As apurações e levantamentos tiveram o envolvimento do Grupo Especial de Defesa da Probidade Administrativa e do Patrimônio Público (GEPP); do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (CAOPP); do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), todos vinculados ao MPMG.
*Texto adaptado do MPMG