Na tarde desta segunda-feira (7), o motorista Luiz Viana de Lima, de 47 anos, se apresentou, de forma espontânea, na 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Minas Gerais, em João Monlevade. O Delegado Regional, Paulo Tavares, afirmou que o motorista estava abalado com o acidente e chorou durante o depoimento.
Luiz Viana estava dirigindo o ônibus que saiu de Mata Grande, no estado de Alagoas, com destino à São Paulo, que, ao passar por Minas Gerias, despencou de uma ponte na BR-381, entre as cidades de João Monlevade e Bela Vista de Minas, deixando 19 mortos e várias outras pessoas feridas.
O motorista estava sendo considerado desaparecido desde quando ocorreu o acidente. Nesta segunda, acompanhado de um advogado, Luiz Viana se apresentou de forma voluntária à Polícia Civil. O depoimento durou cerca de três horas e, abalado emocionalmente, o motorista, que em alguns momentos chegou a chorar, disse que houve falha mecânica no ônibus.
Ao ser questionado do porquê saiu do local, Luiz Viana afirmou para a polícia que se sentiu intimidado por algumas pessoas que estavam procurando pelo motorista, que, por medo de represálias, preferiu sair e se apresentar à polícia na data de hoje.
Segundo o delegado, a filha dos proprietários da empresa Loca Lima, acompanhada do marido, também esteve na delegacia e foram ouvidos. O representante da empresa Flaviano Carvalho confirmou que o ônibus pertence à empresa Loca Lima, que está prestando todo apoio as vítimas e aos familiares, mas, que o ônibus estava arrendado para a empresa JS Turismo, que é responsável pelo transporte e pela venda das passagens.
Os investigados foram ouvidos e logo em seguida liberados. O delegado afirmou que pretende concluir o inquérito no menor tempo possível para que ele seja encaminhado ao poder judiciário. A Polícia Civil de João Monlevade espera nos próximos dias receber os proprietários da empresa do ônibus para prestar depoimentos, a JS Turismo ainda não se manifestou sobre o ocorrido e será intimada.