A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por intermédio da Delegacia de Polícia em Inhapim, conclui investigação sobre a morte de dois jovens na BR-116 e indicia o motorista responsável pela colisão por dois homicídios dolosos duplamente qualificados, embriaguez ao volante e fuga do local do crime.
Entenda o caso: no dia 17/05/2024, por volta das 13h, na BR-116, em Inhapim, o investigado, de 50 anos, conduzia um carro em alta velocidade quando atropelou e matou dois jovens, de 21 e 22 anos, que estavam em uma motocicleta seguindo no sentido contrário.
A moto foi atingida repentinamente. Ambas as vítimas faleceram no local dos fatos. A perícia médico-legal confirmou que a vítima do sexo feminino estava grávida de aproximadamente quatro meses.
O veículo conduzido pelo investigado somente parou 380m do local da colisão em razão da impossibilidade de condução por conta do acionamento dos airbags e completa destruição de uma das rodas dianteiras.
De acordo com as investigações, no dia do ocorrido o investigado teria consumido cerveja entre 5h e 9h da manhã quando estava em um ônibus, como passageiro, saindo do Rio de Janeiro e com destino ao Município de Manhuaçu/MG, onde assumiu a condução da caminhonete envolvida no sinistro.
Por volta de 12h ele parou em um restaurante situado às margens da BR-116, no Município de Ubaporanga/MG, e novamente bebeu, mas desta vez uma dose de cachaça. Esse ato foi captado por câmeras de monitoramento e confirmado por testemunhas. Após almoçar, novamente ingressou no veículo e seguiu viagem na respectiva rodovia.
Em determinado momento realizou uma ultrapassagem e, segundo ele, teria cochilado na direção do automóvel, ocasião em que colidiu frontalmente com a motocicleta utilizada pelas vítimas, que não resistiram ao impacto provocado e faleceram no local.
O suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e encaminhado para a Delegacia de Plantão, onde teve a prisão ratificada por dois crimes de homicídio pela 2ª Central Estadual do Plantão Digital, que também representou pela prisão preventiva do suspeito, o qual foi posteriormente encaminhado ao sistema prisional.
O etilômetro da PRF acusou 1,41mg/L, índice de alcoolemia considerado elevado, pois é quatro vezes superior ao limite de tolerância para a não configuração do crime autônomo de dirigir alcoolizado.
As investigações demonstraram que o investigado dirigia ininterruptamente há quase um mês, estando, portanto, física e mentalmente cansado e, por consequência, inapto para dirigir no dia dos fatos.
Segundo o delegado responsável pelas apurações, “o conjunto formado embriaguez, direção na contramão da direção, fadiga provocada pelas viagens ininterruptas há quase um mês e excesso de velocidade demonstrou que o investigado assumiu o risco de matar as vítimas, atuando com dolo eventual”.
O investigado foi indiciado por dois crimes de homicídio doloso qualificado pelo emprego de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e provocação de perigo comum, embriaguez ao volante e fuga de local de acidente, estes últimos previstos no Código de Trânsito Brasileiro.
O inquérito policial foi concluído e remetido à justiça com novo pedido de prisão preventiva formulado pela Polícia Civil de Minas Gerais. A caminhonete continua apreendida para que figure como mínimo indenizatório às famílias das vítimas.
Divulgação – 12º Departamento de Polícia Civil de Minas Gerais