Polícia Civil interdita escola infantil insalubre em Monlevade

Mais de 20 crianças foram encontradas em condições precárias; local não possuía alvará e foi fechado pela Vigilância Sanitária

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Uma escola infantil clandestina foi interditada na manhã desta quinta-feira (14) pela Polícia Civil de Minas Gerais, após operação deflagrada pela Delegacia de Polícia de João Monlevade. A ação foi motivada por uma denúncia que relatava possível caso de violência sexual no local.

Ao chegarem ao endereço indicado, os policiais civis se depararam com uma situação alarmante: o espaço apresentava condições insalubres e inadequadas para o acolhimento de crianças. Alimentos vencidos, falta de higiene, estrutura física precária e ausência de cuidados básicos colocavam em risco a saúde e a segurança dos menores.

Mais de 20 crianças, com idades entre cinco meses e onze anos, foram encontradas no local. Segundo a Polícia Civil, os cuidados estavam sob responsabilidade de duas mulheres adultas e uma adolescente de 15 anos — nenhuma delas possuía formação técnica ou autorização legal para exercer a função de cuidadora.

Durante as diligências, os agentes também identificaram que algumas crianças estavam pernoitando no espaço, em condições completamente inadequadas para estadia. A escola funcionava sem qualquer autorização da Secretaria Municipal de Educação, caracterizando atividade irregular.

Diante da gravidade dos fatos, a Vigilância Sanitária foi acionada e determinou a interdição imediata do estabelecimento. O Conselho Tutelar acompanhou toda a operação e garantiu a entrega das crianças às respectivas famílias, priorizando sua integridade física e emocional.

As investigações seguem em andamento e podem resultar na responsabilização dos envolvidos por diversos crimes, incluindo exercício ilegal da profissão e maus-tratos. A Polícia Civil reforçou, em nota, seu compromisso com a proteção integral de crianças e adolescentes, conforme determina o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e destacou a importância da atuação integrada com os órgãos de fiscalização e proteção.

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