Mulher se passa por juízes para aplicar golpes em Ferros

As vítimas idosas estão passando por necessidades

Na manhã desta segunda-feira (19), a Polícia Civil comunicou a prisão de uma mulher que estaria se passando por juízes, gerentes de banco e advogados, para aplicar golpes na cidade de Ferros. As vítimas são idosas e alegaram que estão passando por necessidades.

Segundo a polícia, a mulher aproveitava da boa fé e da humildade das pessoas, ela utilizada de meios para induzir as vítimas a fazer empréstimos bancários, entregar documentos que foram usados para abrir contas e realizar movimentações financeiras. A investigada prometia que as pessoas que elas iriam receber uma grande quantia em dinheiro referente a herança.

No decorrer do inquérito, foi apurado que a mulher utilizou contas falsas criadas no WhatsApp, ela se passava por juízes de direito, gerentes de banco e advogados, utilizando as fotos encontradas na internet, além de ter falsificado um documento como se tivesse sido emitido pelo Presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com intenção de fazer as vítimas acreditarem que iriam receber.

Em relatos no processo, as vítimas relataram que estão sem receber os seus rendimentos desde o meio do ano, pois todo o valor estava sendo sacado pela mulher. Elas alegaram que estão passando por necessidades e uma delas relatou que até o benefício do mês de dezembro já havia sido retirado do banco.

O Delegado de Polícia responsável pela investigação, Diogo Luna Moureira, asseverou que “o grau de crueldade e perversidade da investigada é de tal monta que ela chegou a entregar às vítimas uma maleta de notebook, trancada com um cadeado, com as inscrições BB 14-08 e 13-08 dizendo que nesse malote havia R$100.000,00 (cem mil reais), mas que não poderiam abri-la.” A mala só poderia ser aberta quando as vítimas recebessem uma autorização que seria dada pelas contas falsas dos “Juízes de Direito”.

As vítimas levaram a maleta na Delegacia de Polícia, ali chegando com a mesma dentro de uma fronha de travesseiro, envolvida por um saco de estopa. Pelo Delegado de Polícia e na presença da Advogada das vítimas, a mala foi aberta, e em seu interior foram encontrados cinco livros.

O Poder Judiciário acolheu a representação formulada pela Polícia Civil e autorizou a prisão preventiva da investigada. Em interrogatório, a mulher exerceu o direito constitucional ao silêncio. O prejuízo apurado soma em torno de R$ 60.000,00.

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