O torcedor G.L.R. será levado a júri popular, segundo sentença de pronúncia da juíza sumariante do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Âmalin Aziz Sant´Ana. Ele é acusado de agredir, com um cavalete de ferro, e ser um dos responsáveis pela morte do cruzeirense Otávio Fernandes, em novembro de 2010. O julgamento ainda não tem data definida para ser realizado.
O confronto entre torcedores rivais ocorreu em frente ao Chevrolet Hall, no Bairro São Pedro, na capital, onde era realizado um evento de artes marciais mistas. Otávio Fernandes faleceu na rua depois de ser agredido com paus, cavaletes, chutes e socos, numa ação de torcedores atleticanos, segundo a denúncia do Ministério Público (MP).
G.L.R. não é o primeiro a ser julgado pelo crime. Outros seis integrantes da torcida organizada Galoucura já foram condenados em 1ª instância. Ele não foi denunciado junto com os outros torcedores porque não tinha sido reconhecido pela polícia nas imagens gravadas por câmeras de segurança da região. Posteriormente, uma pessoa que, por medo, não havia colaborado com a investigação, passou novas informações aos investigadores. Com isso, segundo a polícia, foi possível identificar o agressor que desferia socos e utiliza um cavalete para agredir a vítima já agonizando no chão.
Para o MP, o motivo do crime foi torpe, dada a “sangrenta rivalidade travada entre as torcidas organizadas Galoucura e Máfia Azul, que já resultou em dezenas de mortes, ao longo dos anos na capital”. A denúncia ainda ressalta que o crime foi cometido por meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, surpreendida pelo ataque.
A juíza Âmalin Aziz Sant´Ana, ao pronunciar o acusado, entendeu que há indícios de que G.L.R. seja o autor dos ataques. A decisão final agora cabe ao Conselho de Sentença no Tribunal do Júri, que vai avaliar, de forma mais aprofundada, todas as provas.
Processo nº 0024.18.082.295-9 .
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TJMG – Unidade Fórum Lafayette