Polícia Civil apresenta providências referentes ao acidente na BR-381

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) divulgou, na tarde deste sábado (5/12), detalhes do acidente ocorrido ontem na BR-381, próximo a João Monlevade, região Central, e divulgou os trabalhos realizados pelas equipes da instituição. Desde a ocorrência, a PCMG atua em diversas frentes: investigação policial, perícia criminal, procedimentos médico-legais e de identificação dos corpos, bem como atendimento humanizado aos familiares das vítimas. O ônibus saiu de Santa Cruz do Deserto, povoado de Mata Grande, no estado do Alagoas, com destino a São Paulo.

O delegado assistente da Chefia da PCMG, Rodrigo Bustamante, informou que, até o momento, o acidente possui 45 envolvidos. Desses, 16 vítimas ainda estão hospitalizadas, sete receberam alta hospitalar, 18 vieram a óbito, três pessoas não precisaram de atendimento médico e uma não foi localizada. O delegado destacou o acolhimento dispensado aos familiares das vítimas que estão chegando a Belo Horizonte e aguardam a liberação dos corpos. “A Polícia Civil se preocupa não apenas em prestar um serviço de investigação e identificação com qualidade e eficiência, mas, em nome do Estado, estamos acolhendo as famílias, disponibilizando alimentação e hospedagem, até que possamos concluir esta complexa etapa de identificação de corpos”, pontuou.

A perita criminal Daniella Rodrigues Caldas Leite esclareceu questões sobre a dinâmica do acidente. “O ônibus vinha em direção ascendente na ponte, e, de ré, colidindo primeiro a parte traseira, caiu de uma altura de 26 metros. Em seguida, com o impulso, o veículo girou e um novo choque, da parte dianteira, provocou a queda de 34,5 metros de altura em relação à ponte”, explicou. O veículo está sendo periciado, assim como seu tacógrafo, que já foi inteiramente retirado. O laudo poderá apontar a velocidade do ônibus no momento do acidente e o que teria ocasionado a descida do veículo.

Em relação aos procedimentos médico-legais, todas as 18 necropsias já foram finalizadas, segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica, Thales Bittencourt. Quanto à identificação dos corpos, três já foram identificados. O superintendente esclarece que, em casos de acidente, para o procedimento seguro, um dos métodos mais rápidos é pela comparação da impressão digital. Como as vítimas são nascidas em outros estados, as fichas datiloscópicas estão sendo solicitadas. “Estamos em contato com os institutos de identificação dos estados de Alagoas, Bahia, Santa Catarina e São Paulo a fim de que nos enviem as imagens para comparação e devida identificação”, detalhou.

O delegado responsável pela investigação, Paulo Tavares, informou que, até a tarde deste sábado, oito vítimas já foram ouvidas. *Ele pontua também a questão referente ao motorista, que supostamente teria pulado do ônibus.* “As informações dão conta de que o motorista está desaparecido. Algumas pessoas apontam que poderia ter havido uma falha mecânica, mas precisaremos aguardar o laudo pericial”, assinala.

A empresa responsável pelo ônibus não foi localizada e a Polícia Civil de Alagoas está trabalhando para localizar os responsáveis.

*Acolhimento às famílias*

Uma força-tarefa foi montada para atendimento das famílias pela PCMG. Na Academia de Polícia Civil (Acadepol-MG), localizada na Rua Oscar Negrão de Lima, 200, bairro Nova Gameleira, em Belo Horizonte, profissionais de psicologia e assistência social estão recepcionando os familiares e prestando um serviço de acolhimento. Além disso, de acordo com a médica-legista Tatiana Telles e Koeler de Matos, a Polícia Civil conseguiu alimentação e hospedagem para os familiares aguardarem a identificação e liberação dos corpos. “Estamos acolhendo essas famílias de uma forma humana”, reiterou.

*As vítimas fatais*

Das 18 vítimas fatais do acidente, 13 faleceram no local, e cinco no hospital, sendo 17 adultos e um adolescente de 15 anos. Treze das vítimas eram homens, e cinco mulheres.

Divulgação PCMG

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